domingo, fevereiro 29, 2004

VANESSA: A Ana Sá Lopes, hoje, ajuda-nos a decifrar os estranhos desígnios da mente feminina.
Quantos de nós não apanharam “Vanessas” pela frente?
Como ficamos apavorados com as conversas sérias, com o debater a relação, com as tiradas profundas...

INVASÃO DA PRIVACIDADE: As últimas crónicas dominicais de António Barreto, no “Público”, sobre as escutas e a invasão da privacidade, merecem relevo.
Se inicialmente as li com alguma sobranceria, pensando no mundo utópico em que estas estavam imbuídas. A sua insistência na questão também me fez reflectir mais profundamente no problema.
Até que ponto não estamos a dar demasiado barato o nosso direito à privacidade?

ANEDOTÁRIO (IV): O nosso Governo não tem o exclusivo das entradas para este livro.
A patética intervenção de Ferro Rodrigues, a pedir uma remodelaçãozinha governamental, se possível com menos CDS-PP, também merece cá estar.

sexta-feira, fevereiro 27, 2004

VASCO PULIDO VALENTE: Saúdo o regresso deste cronista ao “DN”. A sua crónica de hoje - “Fundamentalismo” - é uma excelente amostra daquilo que nos espera aos fins-de-semana.
Este é dos liberais e conservadores que merecem o meu mais profundo respeito intelectual!

quinta-feira, fevereiro 26, 2004

ANTÓNIO VITORINO: Admiro a inteligência, o sentido de humor e a capacidade de trabalho de António Vitorino. Porém, tal como o Miguel Portas (no DN de hoje), começo a ficar cansado deste ser um eterno candidato à presidência de qualquer coisa.

terça-feira, fevereiro 24, 2004

ASL: Gosto muito da prosa de Ana Sá Lopes, tanto no “Público” como no “Glória Fácil”.
Tirando o esboço que costuma vir junto aos seus artigos, não fazia a mínima ideia quanto à sua aparência.
No Domingo, tive a oportunidade de assistir, na 2, à entrevista conjunta que fez ao líder da bancada parlamentar do PSD, Guilherme Silva. E fiquei admirado com aquilo que vi...
A Ana Sá Lopes revelou-se frágil, tímida e muito pouco à vontade quando exposta aos olhares porventura curiosos (como os meus).
Quanto ao resto, aquele estilo 'Lois Lane' misturado com jovem intelectual de esquerda, gostei!

sábado, fevereiro 21, 2004

ANEDOTÁRIO (III): Não temos descanso. Últimas entradas:

*Troca de mimos entre Santana Lopes e o Professor Marcelo.
*A sempre eterna presença, neste espaço, da ministra Celeste Cardona. Desta vez devido ao emprego de boys sem experiência, num departamento classificado de inútil por ela própria, mas com salários principescos, logo abaixo do 1º Ministro (será que ganham mais do que ela?)...
*A conferência de imprensa de Durão Barroso para anunciar coisa nenhuma...
*A segurança de Santana Lopes, com direito a guarda-costas da PSP... Será que já é para testar a pompa presidencial, que ele tanto almeja?

ESTÍMULO, RESPOSTA: Alguém me confidenciou que quando quer determinadas visitas no seu blogue, basta-lhe clicar nos links que tem.
Alguns 'bloggers' monitorizam incessantemente o 'Sitemeter', ou o 'Bravenet', à procura de qualquer referência à sua pessoa.
Tal como os cães de Pavlov, já não é preciso existir alimento para salivarem, basta tocar à campainha!

quarta-feira, fevereiro 18, 2004

DESALENTOS: O desalento parece instalar-se na blogosfera.
Pacheco Pereira fala da acidez que tomou conta deste mundo e dá, subliminarmente, a ideia de que tudo era bem mais descontraído e inteligente quando a direita tomava as rédeas do meio.
Todos aqueles que por aqui se movem já experimentaram, por uma vez ou outra, algum desalento. Eu próprio já me interroguei, diversas vezes, se valeria a pena continuar a escrever aqui.
Mas, não tenho pachorra para aquilo que é bem típico dos portugueses, os elogios fúnebres a todos aqueles que se finam, ou, pior ainda, que anunciam a sua partida.
E há aqueles que acham tanta graça aos mimos de circunstância que cometem a extraordinária proeza de repetir a graça mais do que uma vez!

sexta-feira, fevereiro 13, 2004

ANEDOTÁRIO (II): Este Governo não pára de me surpreender. Hoje, acordei com duas notícias, qualquer delas digna de figurar no anedotário que estou a construir sobre este Governo. A primeira prende-se com a, já por demais falada aqui, Ministra da Justiça. Celeste Cardona, propôs a sua demissão ao Primeiro-ministro. Este, sabe-se lá porquê, não pode ouvir falar nesta palavra, e, como tal, recusou terminantemente o pedido. Contudo, como é insustentável a não existência de Celeste Cardona, já se ouvem rumores de a enviar para o Parlamento Europeu, para que a sua saída pareça uma promoção e não uma demissão.
Mas o melhor ainda estava para vir. O Ministro da Administração Interna resolveu acompanhar a polícia numa incursão nocturna pelas ruas da capital. Entrevistado sobre as estatísticas relativas à criminalidade, teve esta tirada digna de antologia, para a qual já não encontro adjectivos para a classificar. Segundo ele, a pequena criminalidade aumentou 6%, mas a criminalidade violenta baixou 0,17%, o que ele regista com satisfação, pois a criminalidade violenta deixou de ser preocupante no nosso país!!??
Confesso, que esperei pelo noticiário seguinte para confirmar se era mesmo 0,17%... E lá ouvi a voz do Ministro, plena de satisfação, a recitar este mágico número 0,17%.
Ou seja, se anteriormente tínhamos 100 crimes violentos, agora temos 99,83 e isso é o bastante para nos tranquilizar.
Pasmo como a jornalista consegue ler uma notícia destas sem uma gargalhada final!?

quinta-feira, fevereiro 12, 2004

ARMAS DE DESTRUIÇÃO MACIÇA (II): Li com atenção a argumentação de Pacheco Pereira no “Público” sobre as armas de destruição maciça. Pacheco Pereira usa de uma argumentação engenhosa que teria muito valor caso ele tivesse defendido esta posição há uns meses atrás. Mas não foi o caso, e ele sabe-o muito bem!
Muitos defenderam, desde o início, que as armas de destruição eram um mero pretexto, mas que a intencionalidade é que contava. Estou a lembrar-me, aqui na Blogosfera, do “Replicar”, que infelizmente tem andado arredado destas andanças...
Para estes, ainda que discorde da sua posição, louvo as vistas largas e a antecipação, ainda no calor dos inícios da guerra, de tudo aquilo que viria a suceder!

quarta-feira, fevereiro 11, 2004

ANEDOTÁRIO: Algumas figuras deste governo estão a tornar-se anedotas ambulantes, a fazer corar de vergonha a quem ainda reste alguns pingos desta antiga virtude.
Depois das trapalhadas de Celeste Cardona, que a deixou isolada e chorosa no Governo, pela evidente falta de solidariedade - numa espécie de limbo de não existência - temos agora as inenarráveis intervenções de Mariana Cascais.
Esta secretária de Estado tem intervenções tão ridículas e absurdas que só neste país, ainda orgulhosamente ignorante, conseguem passar incólumes.
Não sou adepto de muito do folclore que alguns iluminados defendem para aquilo que consideram uma correcta “Educação Sexual”. Mas a seriedade que se exige nada tem a ver com a estultícia que a secretária de Estado exibe alegremente.

EMBARCAÇÃO TUMULTUOSA: Pelo clima de motim a bordo que se gerou no “Mar Salgado” e pela rejeição firme, da restante tripulação, dos dislates de VLX, fica aqui bem expresso que o termo canalha não se aplica indiscriminadamente aos navegantes dessa embarcação.

domingo, fevereiro 08, 2004

DESCOLONIZAÇÃO: Quando leio um texto do calibre deste propalado por um tal Vasco Lobo Xavier, do Mar Salgado, fico a pensar em como esta canalha se sentiria bem no regime anterior.
Com o respeitinho imposto ao bofetão à esquerda gaiteira e a ignorância elevada a virtude maior do Zé povinho, quem é que se iria importar com a liberdade de expressão?

sexta-feira, fevereiro 06, 2004

ARMAS DE DESTRUIÇÃO MACIÇA: Fui daqueles que, graças aos esforços dos serviços secretos do Ocidente, acreditei na existência de um arsenal de armas de destruição maciça no Iraque.
Hoje, conclui-se que tudo não passou da mais refinada mistificação para justificar uma intervenção que, sem esse argumento, seria difícil de concretizar.
No meio de tudo isto, só me recordo do enxovalho com que eram tratados os inspectores da ONU, que afirmavam e mantiveram aquilo que agora se conclui!

Será que ninguém pede desculpa a Hans Blix?

E os nossos liberais blogosféricos, que afirmavam a pés juntos que este senhor estava feito com os iraquianos (leia-se Saddam Hussein), têm a humildade (Ui... Que palavra horrível para os neoliberais) suficiente para um reconhecimento de mea culpa?

domingo, fevereiro 01, 2004

INIMPUTÁVEL: Continuando a falar do circo da Assembleia, foi sem dúvida excessivo o termo "inimputável" com que Francisco Louçã adjectivou a ministra Celeste Cardona. E foi excessivo não tanto pelo seu significado jurídico (como frisou Mota Amaral) mas simplesmente porque é pouco usual em Louçã esta deselegância. A sua contundência deve mais à inteligência que aos desmandos de linguagem.
Mais excessiva ainda, foi, sem dúvida, a reacção dos deputados do PP, cujo código de conduta faz lembrar cada vez mais a moral de sacristia que o nosso país tão bem conheceu e que, afinal, teima em não abandonar este último reduto.