domingo, fevereiro 01, 2004

INIMPUTÁVEL: Continuando a falar do circo da Assembleia, foi sem dúvida excessivo o termo "inimputável" com que Francisco Louçã adjectivou a ministra Celeste Cardona. E foi excessivo não tanto pelo seu significado jurídico (como frisou Mota Amaral) mas simplesmente porque é pouco usual em Louçã esta deselegância. A sua contundência deve mais à inteligência que aos desmandos de linguagem.
Mais excessiva ainda, foi, sem dúvida, a reacção dos deputados do PP, cujo código de conduta faz lembrar cada vez mais a moral de sacristia que o nosso país tão bem conheceu e que, afinal, teima em não abandonar este último reduto.