quinta-feira, janeiro 29, 2004

EQUADOR: O romance de Miguel Sousa Tavares transpira tamanha ingenuidade só comparável, em termos artísticos, aquilo que se assiste na pintura 'naíf'. Os gostos pessoais do autor manifestam-se no personagem principal de forma linear e em todos os pormenores mais ínfimos. Desde o gosto pelo Palace Hotel do Bussaco a outros que me escuso de comentar.
Tudo isto, no entanto, não impede que a leitura seja fácil e até agradável. Assim como nos absorvemos pelas pinceladas coloridas e frescas de uma boa pintura 'naif', também ficamos presos a esta obra que, se o equivalente literário existisse, poderíamos designar de literatura 'naif'!