segunda-feira, setembro 29, 2003
quarta-feira, setembro 24, 2003
Foi pelo Pacheco Pereira que tomei contacto com este blogue misterioso.
Sob a capa de que debaixo do anonimato um grave crime se perpetrava na blogosfera, Pacheco Pereira, sabendo da curiosidade mórbida que move o ser humano, fez com que milhares de blogonautas procurassem afincadamente o dito blogue.
Para aqueles menos experientes, ou ineptos, o nome do blogue surgiu, mais tarde, de forma explícita no "Abrupto".
Depois foram as insistências na "matéria infecta" e a preparação do terreno para a revelação final, no horário nobre da SIC. As ameaças subliminares, perante os milhões de espectadores, conduziram, a meu ver, directamente ao esvaziamento do blogue.
Se era isto que Pacheco Pereira desejava, conseguiu-o com uma maestria que me faz tirar o chapéu.
O método pecou talvez por demasiado ardiloso, mas revelou-se de uma eficácia a toda a prova.
Uma verdadeira lição de astúcia e poder!
sábado, setembro 20, 2003
Será que aquilo era mesmo para levar a sério? O homem terá ficado despeitado por não aproveitarmos as suas "sapientes" lições sobre recursos humanos e novas tecnologias? E eu que pensava que era uma refinada caricatura...
Também reparei que a "Linha dos Nodos" fechou as portas... O sorvedouro não pára!
Em contrapartida surgiu o "Mais ou Menos Mentiroso". Uma paródia, de gosto discutível, a um blogue muito famoso na nossa praça.
Não sei que recalcamento move Pacheco Pereira contra a Universidade de Coimbra...
Só diz mal da Universidade de Coimbra quem lá não estudou! É significativo, não é?
quarta-feira, setembro 17, 2003
Li e não acreditei... Este blogue só pode ser uma caricatura :)
A continuar assim, tem sucesso e audiências garantidas! Saia o livro!
Há pessoas que não se enxergam e este juiz espanhol ultrapassa todas as fasquias do ridículo.
A propósito disto, o "Mar Salgado" tem um excelente 'post' significativamente intitulado "E SE USASSES O TEMPO EM COISAS MAIS ÚTEIS ?"
terça-feira, setembro 16, 2003
Aqui, referiu-se apenas que um acontecimento recente, por muito importante que seja, não apaga outro. E que é muito mais frequente a direita contextuar a morte de Salvador Allende, como faz, surpreendentemente, o "Jaquinzinhos", do que a esquerda relativamente ao 11 de Setembro de 2001.
Aliás, concordo plenamente com Pacheco Pereira quando afirma que a blogosfera é o último reduto onde ainda resta uma nítida distinção entre esquerda e direita. Antes de frequentar estas paragens, sempre me assumi como um social democrata, naquilo que de verdadeiro significado tem esta palavra e cujo paradigma mais aproximado seria um país como a Suécia, como também já aqui afirmei. Porém, fiquei estarrecido com a abundância de neoliberais que por cá pululam, todos crentes, sem qualquer reserva, que a felicidade dos povos depende da aplicação bruta, nas sociedades, da lei da oferta e da procura. Fiquei ciente que não se aprende nada com a história (já alguma vez estudaram a crise de 1929?) e que a ignorância do nosso passado é quase assumida por estes jovens neoliberais como pré-requisito para a defesa de uma espécie de movimento 'avant-garde' político-cultural. É este movimento que me faz eriçar todas as defesas contra aquilo que abomino - a lei do mais forte; o salve-se quem puder; dos fracos não reza a história, etc.
Sacrilégio, para mim, é a defesa destes valores sem pestanejar. Quanto ao resto, julgo que é de um revisionismo histórico inqualificável esboçar a defesa de um regime como o de Pinochet, porque supostamente melhorou a economia chilena. O mesmo fizeram Salazar, Franco, Mussolini e Hitler. Todos eles tiraram o seu país do caos e da anarquia (cá está a falta de conhecimento histórico!?), mas isso não justifica, nem sequer atenua, o abominável destes regimes.
Já que falei em abominável, para que conste, aplico este termo também ao regime de Fidel, ou norte-coreano, ou qualquer regime ditatorial, seja de esquerda ou de direita!
segunda-feira, setembro 15, 2003
Foi claramente um recado para o partido e para a coligação, feito em jeito de en passant (mas com um diagnóstico de uma precisão imaculada), que abertamente nada tinha de inocente.
O "Portugal Diário" trouxe para primeira página esta intervenção e os seus ecos chegarão aos seus destinatários pelas mais diversas vias, provocando necessariamente alguns abalos, ainda que silenciosos e aparentemente imperceptíveis.
Ficamos a aguardar as sequelas...
sexta-feira, setembro 12, 2003
Por triste ironia do destino, nesta data, 11 de Setembro, comemora-se uma outra efeméride que a direita sempre procurou pressurosamente contextuar. Esse acontecimento incómodo foi a morte de Salvador Allende, devido ao golpe de Pinochet em 1973, claramente patrocinado pelos EUA. Arranjam-se as mais diversas justificações para isto: o auge da guerra fria, o perigoso avanço do comunismo no continente americano, etc.
Aqui na blogosfera assistiu-se a um curioso fenómeno. A esquerda procurou lembrar o golpe do Chile e a direita via nessa memória uma tentativa inaceitável de contextuar o mais recente acontecimento de 2001. Assim, toda e qualquer tentativa de lembrar os dois acontecimentos (ainda que pela simples razão de ocorrerem na mesma data e serem ambos deploráveis) era, para a nossa direita, inaceitável.
O 11 de Setembro de 2001 deveria funcionar como uma esponja que apagaria toda a história, todas as efemérides que ocorreram na mesma data.
Reconheça-se que dava muito jeito que assim fosse. Mas, sobra uma questão:
Quem é que procura ser mais revisionista da História?
quinta-feira, setembro 11, 2003
A criminalidade aqui também é normalmente baixa, o que, até agora, permitia que os políticos pudessem usufruir de uma vida quase normal, sem os atropelos e o aparato dos guarda-costas.
Infelizmente, este idílio terminou. O caso precedente, Olof Palme, até agora ainda não resolvido, foi a primeira machadada neste devaneio. Agora, com a morte bárbara de Anna Lindh, é caso para dizer, até na Suécia as bestas andam à solta.
quarta-feira, setembro 10, 2003
Já sei que não vou obter qualquer resposta :)
Apoiei a posição do Daniel Oliveira, quanto ao "Canal 18". Todavia, fiquei muito surpreendido e estupefacto com a seguinte frase, no seu novo blogue, em resposta ao "Glória fácil": A sério, mesmo a sério: ficas a saber que sou favorável à pornografia, à legalização da prostituição e à preverção e libertinagem em geral.
Preverção!? O que é isto? Nem o Pacheco Pereira escreveria assim nos seus piores tempos...
E, nós, temos muito mais uva no meio de tanta parra!
terça-feira, setembro 09, 2003
Fiquei esclarecido.
Quanto ao "Blogo" o problema foi diferente, não muito longe das suspeitas que esbocei no 'post' anterior.
Imagino as pressões que os autores destes 'sites' deverão ter sofrido por parte daqueles que se sentiam injustiçados, mas não compreendo o silêncio acabrunhado com que desistiram da ideia.
segunda-feira, setembro 08, 2003
Quanto à minha frontalidade, ela continuará a mesma em todas as situações. Só assim tenho direito a tecer críticas neste reino.
"Infiel", mas honrado! :)
Será que o recente e surpreendente enleio pelo "Big Brother" é responsável por esta falta de tempo para blogar?
Vamos ver como reage a direita da nossa blogosfera a estes 'posts'. Se de uma forma elegante (e até, porque não, fazendo coro connosco) ou da forma mais calhorda, acusando-nos de porno-dependência.
Ficou feita a prova de que não sofre de qualquer forma de "paralisia cerebral", expressão utilizada por mim num 'post' anterior, a propósito da total falta de argumentação crítica daqueles que alinham cegamente com a América republicana dos nossos dias.
A expressão, apesar de irónica, foi sem dúvida excessiva. Ficam aqui expressas as minhas públicas desculpas!
domingo, setembro 07, 2003
Nunca achei piada a grupos folclóricos e serôdios como "Os amigos de Olivença". Contudo, transformar este sentimento numa espécie de cruzada pró-espanhola, não escondendo a vergonha que têm em ser portugueses, leva-me a pensar no que impede Francisco José Viegas (Aviz) e seus sequazes de conseguir a felicidade que se vive no país vizinho... Afinal, Espanha fica mesmo aqui ao lado.
Porquê prosseguir a triste e envergonhada existência neste nosso pobre país?
E, já agora, assalta-me uma curiosidade, estão satisfeitos com os pais que têm?
Qualquer dia acordamos e não temos nada. Para alguns, seria, sem dúvida, terrível perder o labor e empenho que colocaram neste meio.
sexta-feira, setembro 05, 2003
Colocado o rótulo, já não se discutem ideias, nem se refutam argumentações, apenas se adicionam qualificativos, que assentam como uma luva às suas próprias atitudes, nomeadamente o de que o antiamericanismo é assumido como crença, sem base racional.
Não diria melhor, não fosse o facto de considerar que estes neoliberais, mais que uma crença no paraíso das bem-aventuranças, sofrem de uma estranha forma de paralisia cerebral.
A todos aqueles que se atrevem a balbuciar a mais leve crítica, ou manifeste certa discordância com algumas das decisões políticas, são logo apelidados de antiamericanos primários, resguardando assim as suas consciências de exercer qualquer reflexão séria que possa colocar em causa o fervor pelo paraíso das bem-aventuranças.
Serve este intróito para chamar a atenção para o notável artigo de Miguel Sousa Tavares, no Público, sobre isto mesmo.
Sei, que mais uma vez, os nossos 'follow up' América, vão contorcer a boca de desdém e, prescindindo do uso da mais ínfima argumentação, catalogam o texto de antiamericano, recusando-lhe, desta forma, valor como ponto de partida para exercitar os neurónios, de certa parte do cérebro, que há muito definharam de tanta inactividade.
quarta-feira, setembro 03, 2003
Parece que estão todos apenas a cumprir os serviços mínimos!
Fica somente uma nota a assinalar o regresso do "Dicionário do Diabo".