quarta-feira, novembro 05, 2003

DÉFICE: O orçamento do Estado para 2004, volta a colocar a tónica no controlo do défice orçamental. Mas, em vez de combater acerrimamente a evasão fiscal e a corrupção, para controlar este défice, mais uma vez corta no investimento, sendo responsável pela manutenção e agravamento de uma crise e de um desalento, sem paralelo nos últimos 20 anos da nossa história.
Transcrevo as palavras de António José Teixeira, na sua última crónica para o Diário de Notícias: (...)em Portugal nem se investe nem se faz consolidação orçamental. Não há receita. Não conseguimos inteirar o que falta. É esse o défice. Défice de capacidade para estimular a economia, défice de capacidade para racionalizar as funções do Estado, défice de capacidade para cobrar os impostos, défice de capacidade para servir o interesse público.

Curiosa é a solução de alguns dos nossos liberais da blogolândia que recomendam mais cortes na despesa. Só gostaria de saber, concretamente, em que despesas é que cortavam...
Será que sugerem despedimentos na função pública (a panaceia para tudo)? Ou cortavam mais na saúde? E porque não na educação?