O silêncio foi geral. Nenhum daqueles que, no abstracto, se pronunciou sobre a defesa sagrada da privacidade se atreveu a dar a sua valiosa opinião sobre este caso concreto. É sempre mais fácil emitir opiniões no abstracto, pois estas não nos comprometem nunca...
Como disse num 'post' anterior, produz-se aqui muita farinha, mas, infelizmente, na sua maioria, atravancadora.
O António Lobo Xavier, certamente sem ter lido a minha interrogação, deu uma resposta clara a esta, hoje, na edição do "Público".
Vou transcrever o que ele afirmou:
"Como se tudo isto ainda fosse pouco, surge agora a divulgação das escutas transcritas no processo do antigo dirigente socialista. Admito que o seu conteúdo é perturbador, porventura merecedor da interpretação de Pacheco Pereira. Mas, ao contrário de outros comentadores especialmente iluminados, não sei avaliar plenamente a sua relevância para a investigação.
O problema está em que, por um lado, aquela divulgação, em si mesma, constitui um atentado intolerável contra a privacidade das comunicações pessoais, que para mim sobreleva todo o interesse da análise política."
Já agora, afirmo que estou plenamente de acordo com esta opinião!
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