DEBATE: Gostei do debate de ontem sobre a educação em Portugal. Cheguei à conclusão que neste aspecto sou um conservador, pois partilho da visão da Fátima Bonifácio sobre o ensino.
As escolas deveriam ser locais cuja preocupação prioritária deveria ser transmitir cultura e conhecimento. Locais de exigência e rigor. Não tem nada que tentar rivalizar com espaços lúdicos e afins. Embarcou-se na peregrina ideia de que a educação pode-se realizar sem esforço.
Como diz Fátima Bonifácio, neste seu excelente artigo no "Público":
"Não há assunto nem eloquência capazes de obrar o milagre de despertar a atenção e a curiosidade de uma massa estudantil inteiramente desinteressada em aprender e unicamente apostada em "passar".(...)
Os estudantes chegam hoje em dia à Universidade sem quaisquer hábitos de disciplina e de trabalho. A simples ideia de que aprender custa esforço e sacrifício, de que fazer um curso superior é algo que absorve e ocupa a tempo inteiro, é impensável. Neste aspecto, como noutros, a Universidade é um mero prolongamento do Secundário: o prolongamento de um imenso recreio que, por seu turno, já prolongava o jardim infantil em que se converteu o Ensino Básico. Desde a mais tenra idade, as crianças são educadas e formadas na noção errónea, e nefasta, de que aprender pode e deve ser tão lúdico como jogar à bola na praia ou saltar à corda nos intervalos. Chegadas ao Liceu, deparam com a mesma filosofia pedagógica. As matérias têm que ser interessantes, apelativas, divertidas, ensinadas de maneira que se não dê por ela e aprendidas de maneira que não dê trabalho. As aulas têm que ser animadas, participadas, de modo que a atenção se prenda sem esforço. As avaliações não podem ser traumatizantes: são sempre imperfeitas e, portanto, muito, muito relativas, tão relativas que até mesmo um péssimo aluno pode sempre ser desculpado. Em suma: as crianças, os adolescentes e os jovens adultos não podem ser maçados e qualquer embate com as duras realidades da vida lhes deve ser poupado."
Para finalizar acrescento que os professores deveriam ocupar-se com a competência na transmissão da sua área específica do saber e não com vacuidades sem fim, que se tornaram o centro das suas preocupações actuais (Área Projecto, Estudo Acompanhado, Formação Cívica, Projecto Curricular de Turma, etc. etc.).
As escolas deveriam ser locais cuja preocupação prioritária deveria ser transmitir cultura e conhecimento. Locais de exigência e rigor. Não tem nada que tentar rivalizar com espaços lúdicos e afins. Embarcou-se na peregrina ideia de que a educação pode-se realizar sem esforço.
Como diz Fátima Bonifácio, neste seu excelente artigo no "Público":
"Não há assunto nem eloquência capazes de obrar o milagre de despertar a atenção e a curiosidade de uma massa estudantil inteiramente desinteressada em aprender e unicamente apostada em "passar".(...)
Os estudantes chegam hoje em dia à Universidade sem quaisquer hábitos de disciplina e de trabalho. A simples ideia de que aprender custa esforço e sacrifício, de que fazer um curso superior é algo que absorve e ocupa a tempo inteiro, é impensável. Neste aspecto, como noutros, a Universidade é um mero prolongamento do Secundário: o prolongamento de um imenso recreio que, por seu turno, já prolongava o jardim infantil em que se converteu o Ensino Básico. Desde a mais tenra idade, as crianças são educadas e formadas na noção errónea, e nefasta, de que aprender pode e deve ser tão lúdico como jogar à bola na praia ou saltar à corda nos intervalos. Chegadas ao Liceu, deparam com a mesma filosofia pedagógica. As matérias têm que ser interessantes, apelativas, divertidas, ensinadas de maneira que se não dê por ela e aprendidas de maneira que não dê trabalho. As aulas têm que ser animadas, participadas, de modo que a atenção se prenda sem esforço. As avaliações não podem ser traumatizantes: são sempre imperfeitas e, portanto, muito, muito relativas, tão relativas que até mesmo um péssimo aluno pode sempre ser desculpado. Em suma: as crianças, os adolescentes e os jovens adultos não podem ser maçados e qualquer embate com as duras realidades da vida lhes deve ser poupado."
Para finalizar acrescento que os professores deveriam ocupar-se com a competência na transmissão da sua área específica do saber e não com vacuidades sem fim, que se tornaram o centro das suas preocupações actuais (Área Projecto, Estudo Acompanhado, Formação Cívica, Projecto Curricular de Turma, etc. etc.).
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