segunda-feira, junho 28, 2004

REMODELAÇÃO (2) - A candidatura de Durão Barroso para presidente da Comissão Europeia provocou, como era de prever, um enorme terramoto político com sequelas imprevisíveis, pois representa uma alteração radical no 'status quo' da política portuguesa. Tanto mais que o anúncio da sucessão (Pedro Santana Lopes) representa uma inversão completa dos valores e prioridades definidas pelo actual executivo.
Quanto mais o tempo passa, mais parece absurda a escolha de Santana Lopes e afigura-se-me cada vez menos plausível a subida deste a primeiro-ministro, apesar das reuniões que manteve com Paulo Portas, para definir o futuro Governo.
Parece-me de bom senso a realização de um congresso extraordinário para resolver o problema da sucessão de Durão Barroso. E este, a realizar-se, certamente afastaria mais uma vez Santana Lopes do cobiçado cargo... Muitos palpites têm surgido sobre a personalidade que poderia reunir maiores consensos. De todas, apenas uma se me afigura verdadeiramente aglutinadora das várias sensibilidades e capaz de liderar uma transição pacífica neste caldeirão efervescente.

Falo, é claro, de Marques Mendes!