quarta-feira, maio 12, 2004

"GUINCHAR": Pacheco Pereira foi o primeiro a dar o mote. De forma astuta, mas pouco nobre, tentou relativizar as sevícias dos norte-americanos aos prisioneiros iraquianos, destilando os maus-tratos que a polícia militar terá perpetrado a alguns prisioneiros no nosso período revolucionário, após o 25 de Abril. É evidente que todos percebemos a razão porque foi enfatizado o nome do Major Tomé, como um dos responsáveis por esta polícia...
Mas se Pacheco insinuou, o fiel lobo mau do PSD (e seu companheiro de armas no parlamento europeu), Vasco Graça Moura, descreveu, com requintados pormenores, as sevícias do “tenebroso período” revolucionário português, não escondendo em toda a sua linguagem de um trauliteirismo inultrapassável o prazer com que gostaria de ver os incomodativos elementos da extrema-esquerda a “guinchar”.

As chocantes imagens da degolação de um norte-americano mostram até que ponto a violência entrou numa espiral sem fim na região. Infelizmente, toda a razão do Ocidente para se indignar e repudiar veementemente estes actos há-de encontrar um grão de areia incontornável na profusão das imagens que mostram como os “civilizados” se divertem com o sofrimento alheio.
É por isso, caros senhores, que não estamos a falar da mesma coisa!