Também não seria de esperar que a oposição facilitasse a vida ao governo, neste momento particularmente crítico, em que o dia de partida das forças da GNR coincidiu justamente com o primeiro atentado de grandes dimensões em Nassíria, o destino das nossas forças. Contudo, também acho que este não é o momento para a oposição fazer uma espécie de chantagem emocional com o governo, como que aguardando morbidamente a oportunidade de culpabilizar este pelos incidentes que possam resultar desta intervenção.
Certamente que o governo tomou neste momento uma decisão dificílima, pois evidentemente não ignora que a nossa força vai actuar num palco de inomináveis perigos. Mas, um recuo agora significava uma descrença, uma tibieza na convicção com que assumiram esta causa. Por muito que isto possa ser irrelevante para alguns, julgo correcta a actuação do governo.
Assim, resta-me desejar as maiores felicidades à missão portuguesa!
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