A DERROTA DO PP: Parece consensual que a derrota do PP espanhol se deveu à gestão ruinosa do pós-11 de Março.
Para um leigo como eu, descrente da visão romântica que muitos têm da ETA, parecia perfeitamente plausível que esta fosse responsável pelos atentados. O seu longo historial de violência não abonava a favor dos escrúpulos em perpetrar um atentado com esta dimensão.
Assim, pareceu-me natural a primeira reacção do Governo espanhol.
Nada natural foi a persistência da mesma conduta, de atribuir à ETA a autoria, quando todos os indícios já apontavam para outro rumo. Parecia que a insistência do Governo se fundamentava mais numa crença espiritual - ainda para mais tresandando a eleitoralismo - do que em factos materiais que indiciavam um caminho diametralmente oposto.
A derrota nas eleições teve um sabor a castigo pela falta de rigor, transparência e seriedade no tratamento desta questão.
É nestas situações que podemos dar graças por vivermos num sistema democrático. O povo puniu de imediato a falta de lisura de procedimentos.
No entanto, não se vislumbram facilidades futuras.
Zapatero terá muitas dificuldades em esquecer as promessas de retirar as forças espanholas do Iraque. A concretizar-se esta retirada, será uma grande vitória para a Al-Qaeda. Mostrarão ao mundo como o crime compensa e certamente o ânimo será redobrado para novos atentados noutros países.
Se não cumprir, será a primeira grande desilusão para o povo espanhol, que lhe acabou de dar este extraordinário e surpreendente voto de confiança.
Para um leigo como eu, descrente da visão romântica que muitos têm da ETA, parecia perfeitamente plausível que esta fosse responsável pelos atentados. O seu longo historial de violência não abonava a favor dos escrúpulos em perpetrar um atentado com esta dimensão.
Assim, pareceu-me natural a primeira reacção do Governo espanhol.
Nada natural foi a persistência da mesma conduta, de atribuir à ETA a autoria, quando todos os indícios já apontavam para outro rumo. Parecia que a insistência do Governo se fundamentava mais numa crença espiritual - ainda para mais tresandando a eleitoralismo - do que em factos materiais que indiciavam um caminho diametralmente oposto.
A derrota nas eleições teve um sabor a castigo pela falta de rigor, transparência e seriedade no tratamento desta questão.
É nestas situações que podemos dar graças por vivermos num sistema democrático. O povo puniu de imediato a falta de lisura de procedimentos.
No entanto, não se vislumbram facilidades futuras.
Zapatero terá muitas dificuldades em esquecer as promessas de retirar as forças espanholas do Iraque. A concretizar-se esta retirada, será uma grande vitória para a Al-Qaeda. Mostrarão ao mundo como o crime compensa e certamente o ânimo será redobrado para novos atentados noutros países.
Se não cumprir, será a primeira grande desilusão para o povo espanhol, que lhe acabou de dar este extraordinário e surpreendente voto de confiança.
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