sábado, outubro 29, 2005

MUNDO ÀS AVESSAS: Em França, numa pequena cidade nos subúrbios de Paris, tudo leva a crer que dois jovens perseguidos pela polícia, após um assalto, morreram electrocutados, depois de procurarem refugio junto a um transformador eléctrico.
A suspeita de que a morte foi provocada pela perseguição policial levantou sérios tumultos, originou vários desmentidos policiais, no sentido de afirmar que as mortes nada tiveram a ver com a perseguição, e até o primeiro-ministro se viu na obrigação de dar alguns esclarecimentos sobre o assunto...
Se os jovens estavam a roubar e a polícia os perseguiu, cumprindo unicamente o seu dever, que culpa tem esta da morte dos jovens?
O que é suposto a polícia fazer perante um roubo? Não é apanhar os culpados?
Quem rouba, ou comete qualquer crime, sabe que está a assumir riscos e não pode ficar à espera que as autoridades fiquem impávidas e serenas, com receio de que algum acidente possa ocorrer.
Só falta o ladrão dizer ao polícia: "pára de correr atrás de mim, porque posso tropeçar nos degraus..."
Este mundo está mesmo às avessas!

quarta-feira, outubro 26, 2005

TERRORISMO: "De um dia para o outro, todos os conflitos sangrentos, mais ou menos insolúveis, mas perfeitamente identificados como os da Palestina e Israel, foram inscritos na rubrica universal de "Terrorismo". O terrorismo como fantasma e leitura do mundo convertera-se em explicação universal."

Eduardo Lourenço, Público, 2005/10/26

domingo, outubro 16, 2005

ESTADOS DE ALMA: O nosso ainda Presidente da República, Jorge Sampaio, ficará na memória colectiva pelos seus estados de alma: preocupado, comovido e irritado...

terça-feira, outubro 11, 2005

MUDANÇA: O mundo está mesmo em mudança. Até o director do Expresso já não é o que era... José António Saraiva deixou o seu cargo, que ocupou durante mais de vinte anos, para Henrique Monteiro.

Mais um ex-maoista convertido às delícias do neo-liberalismo à frente de um jornal!

domingo, outubro 09, 2005

2000: Este é o número de baixas nas tropas americanas no Iraque, desde o início da guerra.
Com o passar do tempo a morte torna-se simultaneamente banal e insuportável.

sábado, outubro 08, 2005

MICRO-CAUSA: Aceitando o repto do Bloguítica, importa que o jornal "Público", a bem da sua credibilidade e da confiança que os seus leitores nele depositam esclareça o seguinte:

PODE O JORNAL «PÚBLICO» SFF ESCLARECER COM QUEM É QUE FÁTIMA FELGUEIRAS MANTEVE CONTACTOS NO SECRETARIADO NACIONAL DO PS? QUANDO É QUE ESSES CONTACTOS TIVERAM LUGAR? QUEM É QUE INFORMOU JAIME GAMA PREVIAMENTE DA LIBERTAÇÃO DE FÁTIMA FELGUEIRAS?

sexta-feira, outubro 07, 2005

COMO?: Referindo-se à recente decisão do Senado, o Presidente considerou "que proibir a tortura de prisioneiros detidos pelo Exército é uma medida que dificulta a guerra contra o terrorismo."

in "Público", 2005/10/07

Reacção do Presidente Bush à decisão do Senado norte-americano que regula a detenção, interrogação e tratamento de prisioneiros detidos pelo exército.

quinta-feira, outubro 06, 2005

"O CONFORTO DA GUERRA": Ler o artigo de Jordi Soler no "El Pais"!

terça-feira, outubro 04, 2005

JUÍZES: Muitos aplaudem a vontade política deste Governo no ataque aos privilégios e regalias dos funcionários do Estado. Todos aqueles que são atingidos pelas medidas "corajosas" são massacrados por comentadores, jornalistas e, supostamente, por todos aqueles que não beneficiam dos privilégios da função pública.
Os juízes são o alvo do momento. Estes, são demonizados por ilustres comentadores, e até juristas, que acenam com a sua ineficiência e com o ridículo da greve anunciada. Argumentam que estes são um órgão de soberania e, como tal, a greve é um absurdo. Comparam estes aos deputados e ao Presidente da República e perguntam: Alguém imagina o Presidente a fazer greve?
Claro que não! Responderia eu e quase todos os portugueses.
Mas, contrariamente ao Presidente da República que tem o poder de promulgar, ou não, uma lei. Pode, inclusive, vetar uma lei, se esta for contrária à sua consciência ou colocar em causa a sua dignidade. O mesmo se diga dos deputados, ou dos membros do governo, que têm o poder de legislar. A lei só põe em causa os seus direitos, ou privilégios, se eles, maioritariamente, consentirem. Os juízes são um órgão de soberania que apenas podem aplicar a lei, que é feita por outros. Não são tidos nem achados na sua elaboração. Assim, se uma lei, por absurdo, os obrigasse a trabalhar sem ganhar, eles, segundo estes ilustres juristas e comentadores, não teriam outro remédio senão aplicar cegamente a dita lei, sem se manifestar e muito menos fazer greve, pois são um órgão de soberania...
É tão fácil fazer demagogia neste país, onde a inveja mesquinha traz um regozijo imenso a todos aqueles que pressentem o cheiro da desgraça alheia!

sábado, outubro 01, 2005

CAMPANHA: Não consideram que esta campanha autárquica está a ser demasiado belicosa?
Quando a indiferença parecia ter tomado definitivamente as rédeas da política e da intervenção cívica, eis que, surpreendentemente, os ânimos exaltam-se, a má-criação domina e a integridade física dos candidatos é ameaçada, numa campanha que em tudo parece desproporcionada.
Talvez esta campanha esteja a funcionar como a válvula de escape que falei no 'post' anterior. O descontentamento social avolumou-se sem vislumbre de solução e, assim, esta picardia é um sinal de desespero. Funciona como no futebol, onde se esgrimem os insultos - aos árbitros ou adeptos adversários - e se aliviam as tensões acumuladas numa semana de trabalho ou de inactividade forçada.
A ser assim, talvez esta "guerra" não seja tão malévola quanto à primeira vista poderíamos ser levados a crer...Pode evitar males maiores, no futuro!